horror e miséria

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Horripilante
21.6.04
bandarilhas
Um conselho de alguém muito "batido": o uso e porte de arma é altamente restritivo, em Portugal; qualquer marginal pode andar armado, com revólver, pistola, ou arma branca, mas a maioria da população não é constituída por marginais (ainda), pelo que o melhor é estar prevenido; existem dezenas de artefactos para o efeito, chibatas e mocas extensíveis ou telescópicas, soqueiras discretísssimas, etc.; mais prosaicamente, é possível a qualquer cidadão comum defender-se de ataques, basta aprender a manejar um martelo, uma chave-de-fendas, um simples canivete, como arma de defesa. No fundo, trata-se de usar os mesmos apetrechos dos atacantes mais imaginativos; porque, é bom que fique claro, qualquer pessoa de bem está em sistemática desvantagem, quando confrontada com um marginal, para o qual todos os meios são não apenas legítimos como muito mais acessíveis.
Então, por exemplo, imaginemos que vamos com a família a um qualquer arraial, agora que estamos na época deles. Imaginemos também, exercício nada difícil, que aparece um qualquer marginal - situação cada vez mais trivial nesse tipo de eventos, nos quais parece ser agora necessário pedir licença aos ditos marginais para entrar - e que, enfim, alguma coisa corre mal: um bandido "mete-se" com a sua mulher, provoca, insulta, agride ou tenta roubar algum dos seus amigos ou familiares. O que fazer, nesse caso?
Bem, é fácil: lápis. Sim, lápis!
Ou esferográficas, ainda mais prático. Ponha um ou uma em cada bolso, do lado direito e do lado esquerdo, mas assim muito "à mão". Leve dois vulgaríssimos lápis nos bolsos, de preferência bem afiados.
Quando a coisa acontecer, ou se acontecer, espere, aguente; não reaja logo. Defenda-se na medida do possível, mas sem se exceder; nunca se esqueça de que são as pessoas de bem, quem tem identidade e documentos e responsabilidade quem será prejudicado em primeiro lugar, processado, investigado, devassado, perseguido; ao marginal, ninguém fará nada, por definição e por statu quo ou pela mais simples ordem "natural" das coisas.
Há-de haver um momento, provavelmente quando a coisa der mesmo para o torto, em que - no meio da confusão - a oportunidade se proporcione. Rapidamente, sem hesitação, puxe dos seus dois lápis e espete-os no pescoço do animal, de ambos os lados. Provavelmente, um deles, se não ambos, vão partir-se. Retire-se discretamente.
É tudo.
Não caia no erro de ter testemunhas. O depoimento de qualquer familiar ou amigo de um marginal vale tanto como o de um seu familiar ou amigo.
E, de resto, isto é perfeitamente normal e vulgar no "milieu". Trata-se apenas de aprender com essa gente e dar-lhes a provar a própria medicina. É rigorosamente o mesmo que os gangs fazem nas lutas entre si, quando, por azar são revistados, "limpos" e mandados seguir.
De qualquer forma, é preferível ter alguma arma do que nenhuma. Essa gente anda com muitas outras coisas, além de lápis ou de esferográficas, e não propriamente para escrever peças de Teatro ou tomar notas sobre o quotidiano. E têm uma arma, em especial, muito superior a qualquer outra: a total e absoluta indiferença pela vida, de preferência a alheia.